Desviados

Domínio

📅 Publicado em: 07/03/2011 00:00

👤 Autor: senhordoscontos

📂 Categoria: Sadomasoquismo

- Amanda. Temos um novo ataque. - Novamente ele? - Não temos certeza, houve uma denúncia anônima informando gritos de uma mulher vindos da antiga fábrica de plásticos. Arrepiou-se ao lembrar-se da cena dos últimos ataques e ainda mais ao lembrar-se da expressão de suas vítimas. Elas não apresentavam pavor ou medo e pelo contrário pareciam transparecer prazer. Os relatos eram impressionantes e mexiam cada vez mais com Amanda. - Rodrigo, cuide para que a mídia não saiba deste novo ataque, estou indo para o local agora. Chovia muito, Amanda entrou na viatura e pensava em como o sujeito era astuto, seus ataques eram em localidades não distantes da delegacia onde ela trabalhava como detetive. Guiando o carro lembrou-se da misteriosa ligação da última quarta-feira e do que havia ocorrido naquela noite. Eram 23hs, Amanda estava em sua casa, havia acabado de sair do banho, era uma noite quente. Foi até a cozinha pegar um suco, estava nua; abriu a geladeira, apreciou um breve momento de prazer ao sentir o ar gelado tocar seus seios; pegou a jarra de suco e colocou-a sob a mesa. Após tomar o suco foi para a sala, pegou o controle da TV e ao sentar-se no sofá, levou um susto. Avistou uma rosa e um envelope, lembrou-se do caso que estava tratando. Segurou o envelope, abriu-o, logo ficou aflita ao ver fotos suas dormindo em seu próprio apartamento, sempre nua, como costuma dormir. - Mas como? Perguntava-se. Amanda pegou sua arma sob o armário da sala e passou por todo apartamento na busca do sujeito, mas nada encontrou até que o telefone tocou. Amanda ficou olhando por alguns segundos o telefone até atender. - Alô? - Olá Amanda. - Quem está falando? - Seu maior admirador, gostou das fotos que tirei de você? - Onde você está? Entregue-se, você terá direito a um advogado e ser julgado conforme a lei. O riso sarcástico do desconhecido fez percorrer uma energia estranha pelo corpo de Amanda, ela sabia o que era. Aquela voz e seus métodos abusivos estavam lhe causando sensações a qual não poderia sentir, não por ele. - Minha cara Amanda, você está na minha lista, mas ainda quero brincar um pouco mais com você. Por enquanto, seja apenas uma boa menina e siga minhas ordens. Deite-se agora no sofá. Amanda não conseguiu dizer nada, as palavras ficaram entaladas em sua garganta, ao mesmo tempo em que ela queria dominá-lo, xingá-lo; ela desejava que o mesmo a possuísse. Ela deitou-se no sofá sem nada a dizer. - Boa menina. Ele está me vendo, ela pensou. - Agora abra suas pernas e toque-se. Amanda o fez, enquanto ouvia o desconhecido relatar com detalhes o que fez com sua última vítima, uma jovem de 27 anos estudante de Direito que foi encontrada em um consultório Ginecológico de uma pequena clínica. Estava amarrada e vendada na cadeira ginecológica, havia pétalas de rosas por toda sala e os instrumentos deixados ao lado explicavam as marcas no corpo da garota. Ao gozar Amanda sentiu repúdio de si mesma, do que havia feito, lançou o telefone jogando-o contra a parede. Lágrimas desciam de seu rosto, demonstrando sua raiva e ali prometeu para si mesma que prenderia daquele sujeito. Após percorrer quatro quarteirões chegou ao local. Era uma fábrica antiga, abandonada o lugar era sombrio, causava arrepios. Empunhando sua arma lembrou-se que mudara de apartamento após aquela quarta-feira, lembrava-se de como ele mudou seus hábitos depois daquele dia. Abriu o portão de ferro da fábrica e adentrou no recinto. Havia uma música baixa tocando, Blues Americano. Ao dar um passo escutou um estalo e ao olhar para o chão reparou que pisara numa rosa e que havia outras mais adiante indicando um caminho. Ele queria levá-la até o local, ela sabia que a denúncia anônima foi dada por ele mesmo, tinha raiva de ver a forma como brincava com ela. Em alguns pontos da fábrica uma lâmpada de luz baixa de tom amarelado ajudava iluminar o caminho. Amanda pegou o rádio e chamou reforços ao local, continuou adentrando até que chegou numa pequena sala e lá estava a garota. Nua, vendada e amordaçada estava sentada numa cadeira no centro da sala. Foi entrando na sala com muito cuidado, reparou na vitrola ao lado onde tocava a música que havia ouvido, a garota estava desacordada e quando chegou mais próximo dela reparou que ela estava com uma espécie de cinto que tampava seu sexo. A detetive a desamarrou e foi tentando acordá-la. A jovem foi acordando aos poucos até que se assustou encarando firme Amanda. A detetive percebeu aquele mesmo olhar que as outras tinham. Ela tentou levantar a garota, mas ela estava fraca, a jovem pediu para ajudar tirar o cinto; assim que Amanda retirou-o a garota se desmanchou no chão, urinando. - O que aconteceu? – Perguntou Amanda. - Ele me torturou, me colocou este cinto para que eu não fizesse. A jovem parou de falar, intimidada. - Ele te machucou? A garota olhava para Amanda, não disse nada, ficaram apenas se olhando sem nada a dizer. O reforço então chegou ao local, os policiais cobriram a jovem e levaram-na para o hospital. Amanda se dirigiu ao corredor, andou por ele examinando o lugar passou por um portão que estava aberto, neste momento empunhou sua arma e adentrou numa sala onde havia uma lâmpada acesa que oscilava muito, trazendo uma baixa e ruim iluminação ao ambiente. Foi então que avistou um homem de costas, completamente nu. - Mãos pra cima! Está preso sob acusações de abusos sexuais. Neste momento a lâmpada apagou e a sala ficou completamente escura. Continua ...

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