PERFUME DE MULHER
PERFUME DE MULHER
Jean Pierre tinha sido avô à pouco tempo, apesar de só rondar os quarenta e cinco anos de idade.
Mesmo estando no seu atelier de arquitectura a organizar projectos encomendados, telefonava para Irene pelo menos cinco a seis vezes por dia para saber como estava o seu filho e se tudo correria como o normal.
Num desses projectos em que trabalhava, Jean Pierre conheceu uma belíssima mulher chamada Maje que iria ajudá-lo a concretizar aquele trabalho, tornando-se sua acessora de relações públicas, especialista que era naquela matéria.
Tomou um interesse inesperado por ela, devido ao seu perfume, que lhe conseguia invadir o pensamento diurno como se de um vírus se tratasse, não percebendo Jean muito bem porquê, já que tinha um casamento duradouro e feliz com Sara, mas mesmo assim, sentia a sua mente perdida cada vez que consumia aquele perfume nas suas narinas, qual fragrância mais afrodisíaca, qual sensação de pureza efervescente...
Por vezes sentia-se tão excitado com aquele ambiente feminino que nem conseguia aproximar-se de Maje, uma mulher poderosamente bela, de pernas bem torneadas, saltos altos, sempre composta por uma saia que lhe dava pelos joelhos, tops claros, mostrando um peito saliente, bem redondo, de pele clara, quase da cor do leite, olhos cinzentos que invadiam o olhar de qualquer ser humano, querendo enfeitiçar até os mais eruditos, e um cabelo de tom laranja, tão natural como as pequenas sardas que tinha no rosto, cobrindo uma beleza tão rara como aquela que presenciava todos os dias naquele espaço de trabalho.
Num belo fim de tarde de final de semana, Jean teve de ausentar-se do atelier para uma reunião de emergência, no escritório de um dos seus clientes, onde no qual o informaram que pretendiam que fosse viajar para a Índia para que visse o TajMahal por dentro e por fora, para que tirasse ilações definidas, para que conseguisse concretizar as ideias daquela empresa que iria construir um edifício com características simétricas àquele monumento considerado como uma das sete maravilhas do mundo na actualidade...mas para isso teria que ir acompanhado por Maje, pois a consideravam como uma excelente profissional, e teriam a certeza que com ela, Jean iria ter um sucesso astronómico como profissional, ficando o seu atelier cotado como um dos melhores do país e talvez da Europa...
Com este argumento, não pôde Jean Pierre tomar uma posição negativa, pois aquela empresa que lhe entregava projectos com alguma regularidade, era uma filial de uma empresa estrangeira, considerada no topo mundial, como a melhor construtora de edifícios, talvez por esse factor, Jean nesse mesmo dia, quando chegou ao atelier, informou Maje dos acontecimentos ocorridos, informando-a que iriam para o aeroporto no dia a seguir e para que preparasse todo o portefólio, juntando-lhe todas as informações que conseguisse sobre a Índia e sobre a sua cultura, história e economia, para que contactasse o melhor arquitecto daquele país, para que reunisse todo um dossier que desse a conclusão para um óptimo projecto, talvez o melhor das suas vidas profissionais, dando instruções para que também deixasse organizado o escritório, afim de nada correr mal durante aquela viagem de duas semanas pelo oriente!
Sara que estava acostumada com que o seu marido viajasse com certa regularidade, nem desconfiou que nos seus pensamentos, Jean se sentia profundamente atraído pela sua acessora, e que cada vez que lhe vinha à mente a sua fisionomia e o cheiro do seu perfume ofegante, se masturbava no escritório do seu apartamento, fechado com a chave por dentro da fechadura, querendo possuir aquela deusa tão fantástica e irreal que era Maje.
Quando ambos chegaram à Índia, sentiram os dois um calor quase insuportavelmente erótico, com uma humidade tal, que os seus corpos ficaram quase molhados por completo, tendo que Maje se refugiar no W.C. do aeroporto para trocar de roupa, para que se pudesse apresentar em condições relativas na reunião que se seguiria dentro de duas horas numa das salas do hotel com os representantes do monumento para que lhes pudessem apresentar o edifício e lhes explicar a história daquele museu, contactados que tinham sido pela empresa que tinha contratado os serviços de Jean Pierre...
O quarto de Maje estava localizado mesmo ao lado do quarto de Jean, havendo uma porta em ambos os quartos que permitia a entrada e a comunicação entre eles, caso houvesse alguma emergência, segundo a explicação do gerente do hotel, que lhes dissera que todos os quartos comunicavam entre si...ao verem com mais atenção aquele ambiente, repararam que a fazer a vez das portas, os quartos tinham arcos nas ombreiras, fazendo com que aquelas oito paredes se tornassem maiores, com uns tectos pintados à mão pelos melhores artesãos da região, havendo desenhos da mitologia hindu pintados nas paredes com umas cores tão suaves como quase imaginárias a uns olhos não tão habituados a observarem uma beleza como aquela que estavam a presenciar.
Como ainda tinham algum tempo livre antes de se dirigirem para a sala de convenções do hotel, combinaram ambos em cada qual ir para o seu quarto e descansarem um pouco de uma viagem tão cansativa como tinha sido, e assim fizeram, ao refugiarem-se um do outro, para que não desabassem assim num abismo amoroso e em actos práticos de Kama Sutra oriental, não sem antes ficarem estáticos por momentos a olharem-se mutuamente, separados somente pela porta que dividia os quartos, sentindo os dois uma atracção tão forte um pelo outro, que julgaram ser causada pelo orientalismo provocante daquele país conhecido pelos alucinantes actos sexuais de um passado não tão longínquo...mas nada aconteceu, senão uns pequenos sorrisos corados entre ambos...
Mas mesmo assim, Jean não conseguia discernir o seu pensamento para o trabalho que se adivinhava fatigante e cansativo, ficando a imaginar que Maje se despia das suas vestimentas de trabalho, deixando só à vista uma lingerie provocante, de cor azul petróleo, em que se podia ver um soberbo corpete com armação, mas sem alças, com um escapulário à frente em tule bordado e forrado, mostrando as quatro suporte-ligas amovíveis em renda, em que a tanga seria em tule bordado à frente com tiras duplas dos lados, tendo uma gota de água atrás, sendo as ligas auto-fixantes da mesma cor...e que sensação aquela em que se via a entrar nos seus aposentos sem que ela desse por conta e a visse assim, tão ela própria e tão sensual, aproximando-se sem que o visse e lhe tocasse nas costas e nas ancas tão bem feitas e puxando o cabelo comprido para o lado, lhe beijasse o pescoço com beijos tão suaves e ligeiros que a fizesse sentir-se nas nuvens, em que os seus olhos já fechados deixassem trespassar uns leves gemidos de prazer, já com os dedos de Jean a percorrerem-lhe os ombros, os braços, o peito, a barriga, o umbigo como um suave tecido de cetim lhe rodeasse a pele, ficando meia adormecida, tocando-lhe também ela nas ancas e com uma das mãos lhe tocando na parte de trás da cabeça, remexendo-lhe no cabelo, encostando a sua cabeça ao pescoço dele, revirando o seu corpo como se balançasse ao som das suas carícias magníficas, deixando-se envolver em momentos de paixão extasiante que era...
Por momentos ficariam assim, num envolvimento único em que ambos se acariciavam, tomando conhecimento de ambos os corpos e das sensações que cada um sentia pelo outro, em que Jean a virou para si, tocando-lhe no rosto, e ao beijá-la na boca, lhe transmitia segurança e tranquilidade puras de quem se ama ao som de um vento quente e húmido, parecendo estarem nos trópicos, em que nem a chuva miudinha fazia passar aquele quase insuportável calor que fora daquele quarto se fazia sentir em toda a população que girava numa vida própria de quem está habituado a um erotismo singular...
Maje deixava-se ser beijada, em que a sua língua era envolvida ora por pequenos beijos, ora pela língua de Jean que lhe percorria todo o interior da sua boca, ora era puxada para fora para que fosse chupada como quem chupa um gelado ao relatim de uma melodia num final de tarde invernoso, sentindo-se aninhada no corpo daquele homem, que lhe percorria todo o seu ser com carícias aliciantes, passando a sua mão pelo seu tão magnífico rabo saliente, fixando aí os seus dedos que o apalpavam como se Jean estivesse a desenhar numa partitura de seda com um lápis de ponta tão fina que mal desse para discernir os seus movimentos audazes!
Maje já passava as suas mãos pelo seu sexo que começava a ficar duro e excitado, querendo aproximar-se cada vez mais do seu clitóris húmido, abraçando-se mutuamente, mantendo Jean a sua mão por debaixo de um dos seios de Maje, massajando-o vagarosamente, proporcionando-lhe prazer imenso, já com o fecho ecler do corpete aberto, fazendo sobressair uns seios redondos, fartos, bem feitos, de mamilos pequenos, mas de bicos já saídos...
Jean ainda não tinha tirado a sua camisa de popelina em puro algodão em cor cinza, mas com as suas calças de fato de cor preta já com o fecho da braguilha aberto, deixava antever uns slips de cintura descida numa cor de cinza mesclado, em que as mãos de Maje vagueavam no seu interior já sobressaído, querendo baixar-lhe as calças até aos joelhos para que pudesse descobrir a sensação de lhe tocar numa intimidade máscula como era a de Jean.
Seguidamente, ele deixou-a retirar-lhe as calças por completo, sendo Jean a desapertar a sua camisa de botões de madrepérola, ficando só com os seus slips vestidos e dirigirem-se para uma cama confortável, em que a cabeceira era enfeitada com ornamentos trabalhados em madeira de pinho com uns buracos tão pequenos e juntos que mais formavam uma divisória daquelas em que as mulheres muçulmanas espreitam para uma sala cheia de homens, sem que estes as possam ver e serem observados por olhares tão curiosos como só uma mulher pode ter...
Jean sentou-se na cama de costas apoiadas no travesseiro que se encostava a essa cabeceira, onde Maje se deleitou com as suas carícias, ficando sentada junto a ele, de costas também viradas, em que de pernas abertas se masturbava no clitóris, se deixava mover em carícias nos bicos dos seios por mãos macias que lhe percorriam todo o seu peito e pescoço, ficando a olharem-se através de um erotismo no sorriso e nas feições excitadas que cada um deixava transparecer para o exterior, tornando-se dois amantes desconhecidos que naquele ambiente se tornavam simultaneamente dois esposos felizes com aqueles momentos de lua de mel fictícia, como se ela fosse uma virgem nupcial procurando ser agradada e agradar a um homem que reflectia de olhos fechados uns gemidos masculinos, mostrando gostar daqueles momentos fabulosos!
Ao pôr-se de joelhos frente a Jean Pierre, Maje começou por lhe mordiscar o peito liso, ficando ele a observá-la como de um Rajá se tratasse, vendo-a a descer com a sua língua todo o seu corpo que se encolhia de prazer, ao mostrar o contacto do seu pénis com aquela boca feminina que invadia uma cabeça larga e rija, sorvendo todo um tronco duro, que excitado já se alteava juntamente com umas mãos que juntas lhe movimentavam o sexo para cima e para baixo à medida que era lambido e sorvido numa boca pequena, fixando-se a língua na sua cabeça, como se também chupasse um gelado deliciosamente doce, que era envolvido na boca, sentindo Jean uns movimentos ondulantes de mar revolto em dias de tempestade, já gemendo mais alto e sorrindo, deixando trespassar sensações que só os homens podem sentir e sentimentos confusos quando gostam de serem assim excitados por uma mulher da mesma idade, experiente nestas carícias sedosas...
A antever um orgasmo ainda prematuro, Jean, muito carinhoso, pegou-lhe no pescoço, passando ao de leve com uma das mãos e fê-la deitar-se na cama, para que ele também lhe proporcionasse uma viagem alucinante, ao descer a sua figura com os dedos, fazendo com que a sua pele se arrepiasse e aparecer um tremor de corpo próprio de quem está a adorar uma constante assiduidade de carícias melodiosas, onde já Jean a masturbava no clitóris com a sua língua que corria devagar todo aquele espaço curto, tão vagarosamente que podia ouvir os gemidos de quem está a sentir um orgasmo puro e verdadeiro de uma mulher totalmente molhada, ficando o queixo de Jean absorvido por tal líquido...
Querendo uma penetração magnífica, voltou à sua posição inicial, mas de joelhos um pouco levantados para que Maje se pudesse sentar em cima si, apoiou-lhe os pés na parte traseira das suas pernas, e ajudando-a a manter-se num constante equilíbrio, disse-lhe para que agarrasse no seu pescoço com ambos os braços posicionando-se para a penetrar numa profundidade tal, que Maje gritou tão alto, pois que ao agarrá-la nas costas, Jean a puxou para si, fazendo com que o seu pénis se inserisse no seu total numa vagina quase inundada de constantes líquidos vaginais que escorriam já pelas pernas de Jean, que continuava no vai e vem embalado que estava pelo prazer transmitido de ambos os seres envoltos já numa nuvem quase opaca, mal se vendo as suas sombras e mal se ouvindo gemidos tremendos de puro perfume invadindo já toda aquela atmosfera irrealista...
Sentindo cada vez mais o cheiro do perfume daquela magnífica mulher, Jean Pierre acordou ao som de leves pancadas na porta que separava o seu quarto do de Maje, estando esta a querer informar aquele sonhador, que teriam de descer para a sala de conferências, onde já estariam os técnicos a aguardá-los ansiosamente...
: - Afinal tudo não passou de um sonho... retorquiu Jean ainda adormecido, querendo desviar novamente o seu olhar para o perfume de mulher que o excitava loucamente...
Maje, não compreendendo o que ouvira, fechou a porta atrás de si, ouvindo-se já os seus passos a dirigirem-se para o hall do hotel, perseguindo Jean a sua imaginação de louco enamorado...
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